quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

O projeto Espiando a Paisagem busca captar diferentes olhares fotográficos sobre um trecho de paisagem, com o objetivo de voltar o olhar para os detalhes da paisagem da cidade, muitas vezes vistos, mas pouco 'olhados'.

A cidade é suporte para vivências. Através dela nos locomovemos, nos comunicamos, atuamos. É na paisagem da cidade que deixamos a marca do tempo, através da arquitetura, através da arte, através da conformação urbana.

Ao deter-se para olhar cada uma das fotografias, o observador é tomado por diversas surpresas: ora vê um detalhe arquitetônico que sempre lhe passou despercebido; ora flagra um momento único acontecido na paisagem; ora espia um movimento recorrente e sobre o qual poucas vezes parou para admirar.

Os olhares mostram os diferentes tempos da paisagem, e suas várias configurações, com o passar deste tempo. A análise da paisagem, através da observação deste diversos olhares possibilita ao observador apreender as inúmeras vivências para as quais a cidade é o suporte físico.


INSTRUÇÕES PARA ESPIAR A PAISAGEM

1- A PAISAGEM [PANORÂMICA]

- a escolha do lugar deve potencializar múltiplos olhares sobre a paisagem [arquiteturas de vários tempos, atividades e usos diversos, fragmentações, mutações, características da dinâmica da cidade contemporânea]

- fotografar a face de quadra escolhida para a experiência [a seqüência de fotos deve ser tirada a uma mesma distância, sem zoom, para que a montagem possa ser feita sem dificuldades]

- elaborar um texto descrevendo a cidade, o bairro e a rua ou avenida onde se deram os olhares.

2- A CAPTAÇÃO DAS IMAGENS FOTOGRÁFICAS

- as expedições poderão ser realizadas individualmente ou em grupos, durante um certo período, capturando imagens em vários dias da semana e em vários horários [dia e noite]. Não existem regras para isso. a idéia é espiar apenas, sem se prender a cronogramas.

- utilizar a panorâmica apenas como uma demarcação do território a ser fotografado. A posição da câmera pode ser alterada [para baixo, para cima, para trás, dentro e fora de lugares]. Não há limites para espiar.

- qualidade das imagens: podem ser feitas a partir de qualquer câmera digital e até mesmo de câmeras de telefones celulares.

- a quantidade de olhares é livre.

3- O ENVIO DAS IMAGENS

- cada olhar deverá receber um título [que será o nome do arquivo, p.ex. solitária.jpg]

- os arquivos deverão ser enviados para o e-mail: espiandoapaisagem@gmail.com

- junto com as imagens, enviar um breve currículo do[s] autor[es] dos olhares

- enviar um documento autorizando a publicação das imagens [com a devida identificação de autoria] em meio digital ou impresso.

4- A EXPOSIÇÃO DAS IMAGENS

- para cada lugar 'espiado' será criado, pela equipe coordenadora, um blog onde serão mostrados os olhares, a panorâmica da paisagem escolhida e textos sobre aquela experiência.

- eventualmente poderão ser realizadas exposições em eventos e/ou publicações sobre as experiências, sempre respeitando e enfatizando a autoria de cada imagem.


5- INFORMAÇÕES GERAIS

- DÚVIDAS: espiandoapaisagem@gmail.com

- COORDENADORES DO PROJETO:

Eduardo Rocha: Arquiteto e Urbanista (CAU/UCPel, 1997), Especialista em Artes (IAD/UFPel, 1999), Mestre em Educação (FaE/UFPel, 2003) e Doutorando em Arquitetura (PROPAR/UFRGS). Atualmente é Professor Substituto na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAUrb) na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Possui diversos trabalhos publicados em periódicos, revistas e seminários, dentre os quais destacam-se: A Praça no Espaço Urbano: limites, caminhos e centralidade no desenho das cidades da região sul do Rio Grande do Sul, Informática e Ensino de Projeto: as novas tecnologias digitais no currículo do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPel e Arquiteturas do Abandono: lugares incertos e tempos indefinidos na era das representações digitais.

Cíntia Essinger: Arquiteta e Urbanista (FAU/UFPel, 2003), Especialista em História do Brasil (ICH/UFPel, 2006) e Mestranda em Memória Social e Patrimônio Cultural (ICH/UFPel), bolsista da CAPES. Vem desenvolvendo pesquisas sobre a temática do patrimônio industrial e da memória, destacando-se: ‘Bicho da Seda - o espaço dos operários das fábricas de fiação e tecelagem de Pelotas’ e ‘Espaço dos Tecelãos – um estudo sobre o patrimônio operário pelotense’.